A demora do Senado Federal em avaliar a indicação do advogado André Mendonça para ocupar a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) está gerando incômodo na mais alta Corte do país. A indicação de Mendonça está parada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, onde precisa passar por sabatina para só depois ser votada no Plenário da Casa.
No STF, a maioria dos magistrados defende o nome do jurista para sentar na cadeira deixada por Marco Aurélio Mello, que se aposentou em julho deste ano. No entanto, incomodado com posições do presidente Jair Bolsonaro contrárias ao STF, críticas ao sistema eleitoral e ataques aos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (DEM-AP), tem segurado o processo.
Sobre o assunto o Alcolumbre disse que não vai se manifestar. Interlocutores ligados ao senador, porém, afirmam que ele decidiu não pautar o tema. “Ele está fechado em copas, ou seja, não pretende pautar a sabatina agora. Não vê clima diante da conduta do presidente. Nessa rotina de instabilidades, é impossível pensar no caso. Não se descarta que o processo fique parado até 2022”, destaca uma fonte próxima a Alcolumbre.